Tudo bem, estando de bom humor vamos considerar por um momento que, de facto, é o tanas. Mas é o tanas, o quê???
Isso é nome ou é apelido? Sendo o tanas um sujeito, desde logo há que apontar o erro de português ao utilizar o “é”, singular com o “tanas”, plural. Quando muito seria “são os tanas!”
Mas se o dicionário assinala a tanaria como uma fábrica de curtumes, será o tanas o indivíduo que lá trabalha? Ou será que o tanas é a forma de calão para designar o artífice da tanoaria? A ser assim, e dado ser uma profissão em extinção, já que as pipas actuais não são feitas no tanoeiro mas sim no McDonalds e Burguer King, então menores serão as justificações para a manutenção desta expressão. E para quem não alcançou a relação entre pipas e McDonalds, muito provavelmente é porque lá come.
Corre insistentemente em alguns sectores da psicanálise, que foi com base no tanas que Freud criou o termo “tanatos” para agrupar o instinto de morte e o instinto de destruição, o que só junta mais um argumento para que esta expressão estivesse já morta.
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