Longe de esclarecer seja o que for, esta expressão mais não faz do que levantar interrogações. Dar uma quê? E ao dar outra, é outra da mesma espécie da primeira ou de espécie diferente? De que cravo estamos a falar? Da flor, do instrumento musical ou do furúnculo sebáceo que surge na pele oleosa?
Não se poderá dar mais do que uma no cravo? Se for um cravo rijo, será que não aguenta duas? Se a ferradura levar uma em vez de outra, será que ela aguenta? Fará alguma diferença se for a ferradura direita ou a esquerda? E porquê dar uma no cravo se ele não fez mal a ninguém? Devemos apenas dar ao cravo e à ferradura, ou podemos distribuir por outros objectos? Estamos a falar de dar, na óptica que é melhor do que receber, ou apenas em dar por vingança ou porque não se quer?
Apenas com estes poucos exemplos se vê que dificilmente esta expressão nos leva a alguma conclusão, dada a sua falta de objectividade. O que apenas se pode inferir daqui é que quem dá uma, dá duas, e como não há duas sem três, alguém terá de levar com a terceira, sem ser o cravo nem a ferradura.
Dão-se alvíssaras a quem descobrir o quê.
Sem comentários:
Enviar um comentário