Se determinado indivíduo tiver sangue no olho, no nariz, no artelho ou na unha do indicador, isso é um sinal de valentia? Não.
Então porque diabo o há-de ser se tiver sangue na guelra? Desde logo, excluindo a hipótese de misturas de ADN, um tipo não pode ter guelras. Antigamente havia o Homem da Atlântida, que nos tempos livres também entrava no Dallas, mas isso não conta. Donde se conclui que, para ser valente, só sendo um peixe. E se ele tem sangue na guelra, das duas uma: ou já não é fresco, ou bateu nas rochas quando foi pescado e está todo pisado, não cumprindo os mínimos exigíveis pela ASAE.
Em qualquer dos casos, não se vislumbra qualquer valentia. Eu acho, é a minha opinião, pode haver outras, que estamos perante outro erro de escrita, que se tem estupidamente perpetuado. Acredito que, na sua forma original, esta expressão dizia “com sangue, na guerra”, para designar a forma valente e galharda como os desprotegidos soldados honravam o seu reino nas batalhas medievais.
E se depois desta explicação continuar o uso absurdo desta expressão agora em voga, lavo daí as minhas mãos, porque esta cena do sangue é bastante pegajosa.
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