Inúmeras considerações de ordem higiénica poderiam aqui ser colocadas, mas o que importa realçar é que a utilização desta expressão para designar aquele que nada faz na vida, não podia estar mais errada. Em bom português, esta expressão não vale um cu.
Desde logo, o acto de roçar o traseiro numa esquina pressupõe trabalho: primeiro, há que encontrar uma esquina a jeito, pois nem todas servem, há as que acabam numa montra arredondada e portanto, tecnicamente, não tem esquina; as que estão obstruídas por caixas de derivação da EDP, etc.
Depois, há que encontrar o ponto certo de encaixe entre a nalga e a esquina, e fazer todo um trabalho de genuflexão, que obriga os músculos das pernas a estarem bem oleados.
Não nos iludamos! Esta expressão quer mesmo dizer o contrário daquilo para que é usada e, mesmo perante a hipótese de masoquismo, decerto o sujeito tratará de encontrar outros locais mais agradáveis para roçar, que não as esquinas.
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