Usa-se vulgarmente para designar a incapacidade de compreensão, o que, a meu ver, está mal, porque o problema pode até nem estar na areia mas sim na camioneta, possivelmente devido a uma falta de investimento que potencie a capacidade carga ou à falta de manutenção que degrade a suspensão de maneira a tornar impossível o transporte daquela carga.
Ou pode ser uma questão de peso. A areia molhada torna-se mais pesada e portanto, excede a tonelagem admitida pelo código da estrada.
Mais uma vez se coloca a questão – o que faz nascer uma expressão destas e não outras, tão válidas e equivalentes como: isto é estrume demais para a minha carroça, isto é lixo demais para o meu contentor, isto é vinho demais para a minha pipa ou isto é dera demais para os meus ouvidos?
Derradeira prova de coerência de uma expressão – a comutatividade. Se funcionar em sentido inverso, isto é, se dissermos o que é suposto a expressão significar, sem utilizar a frase-feita e mesmo assim nos compreenderem, é credível.
Alguém acredita que o camionista, estando no areeiro a carregar o camião e vendo o atrelado a deitar por fora, vá dizer “A minha compreensão já não alcança esta matéria”?
Duvido.
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