19.2.12

DE MAIS A MAIS

À semelhança da anterior, esta expressão é de uma tão grande nulidade que, decerto, até está isenta de imposto. O correr das gerações deve com certeza ter-lhe feito perder palavras da versão original, porque a não ser num contexto do tipo “de Mais a Mais distam cerca de 10 kms”, não há forma de perceber isto...e mesmo assim, é preciso admitir que existam duas localidades com o nome Mais.

Mas o mais preocupante é que a utilização desta expressão visa substituir outra (Além do mais) que, só por si, também não quer dizer rigorosamente nada! Qualquer semelhança entre isto (uma vacuidade que substitui outra) e a legislação por vezes produzida na assembleia da república não pode ser mera coincidência. Deve haver mão de políticos nisto.

Não é preciso ser nenhum Platão nem nenhum Aristóteles, para saber empiricamente que além do mais, não existe nada. E se existe, será sempre mais do mesmo, porque se fosse menos, não estaria além do mais, mas sim aquém.

É tão simples que até dói! E de mais a mais, penso que não há mais nada a dizer sobre isto.

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