28.1.12

CRUZES, CANHOTO!

Vários historiadores advogam que a origem desta expressão terá ocorrido quando, algures na Idade Média, um cangalheiro mui atarefado por via da epidemia conhecida como peste negra, se viu obrigado a contratar vários ajudantes para dar despacho ao serviço, entre os quais, um de apelido Canhoto.

Contam os escritos que, um dia, estando a carreta já cheia de corpos defuntos e preparando-se para partir para o enterramento, o cangalheiro chegou-se à porta da loja gritando que ainda lhe faltavam cousas.

“Pois que não, meu senhor – atendeu o rapaz que respondia por Canhoto – aparelhei vossa besta mui cedo e pois que já carreguei as pás, as cordas, as velas e outrossim os podres defuntos de vossa senhoria. Que poderá faltar ainda?”
Ao que o cangalheiro terá respondido, irado: “Cruzes, Canhoto!...”

Em que ponto perdido no tempo terá ocorrido a distorção do significado desta expressão, para o actual entendimento de dito afugentador de espírito maligno ou má-sorte, é coisa que se desconhece.

Sem comentários: